quinta-feira, 26 de março de 2009

Curiosidade


Apesar de há já bastante tempo serem utilizados como uma forma de ajuda para o ser humano, apenas recentemente foi reconhecida a TAA.
No entanto, os japoneses são o povo que mais se tem preocupado com esta ajuda tão preciosa, de tal forma que, após a inovadora ideia de colocar aves nos lavabos das empresas, para que os trabalhadores se pudessem sentir mais relaxados, surgiu uma invenção ainda mais curiosa: “contratar” novos empregados que têm como única função passear pelo escritório, saudando os seus companheiros bípedes.
Os resultados são bastante promissores, já que os trabalhadores se empenham mais nas suas tarefas obtendo melhores resultados, o que se deve simplesmente ao contacto com os animais, que diminui o stress, actuando ao nível cerebral, de tal maneira que estimula a produção de endorfinas, que produzem uma sensação de bem-estar e tranquilidade nas pessoas.Talvez este método criativo se torne comum e passemos a ver nos nossos escritórios animais a passear por entre as secretárias.

Terapia com peixes


Este é um tipo de terapia um pouco diferente das anteriormente referidas. Esta TAA não é específica para pessoas com qualquer tipo de doença, mas sim para indivíduos que sofram de Psoriase.
A Psoriase é uma doença crónica e persistente, com grandes probabilidades de ser herdada geneticamente, isto é, os pais podem transmiti-la aos filhos. No entanto, esta patologia não é contagiosa, ou seja, não é transmitida de pessoas que a tenham para pessoas que não tenham. Esta doença pode variar em intensidade, desde umas simples e pequenas manchas vermelhas a grandes áreas da pele cobertas por uma espécie de placas sobrepostas de pele, que pode requerer a hospitalização do paciente.
Contudo, a cura desta doença não se limita a medicamentos, mas sim a terapeutas muito específicos: peixes. Pelo menos é uma forma de diminuir as consequências desta doença.
No entanto, esta terapia não é aprovada por todos os médicos e existem divergências quanto à sua eficácia. Esta invulgar terapia ganhou especial divulgação devido às termas paradisíacas onde o tratamento é feito.

Terapia com gatos


Recentemente, o gato foi considerado um bom animal de terapia, pelo que a sua utilização na recuperação de pessoas com dificuldades, essencialmente psicológicas, é cada vez maior.
Sendo um animal dócil, pequeno e amável, não é difícil o afeiçoamento dos pacientes ao “co-terapeuta”, que aumenta a confiança dos doentes em si próprios e lhes estimula o sentido de afeiçoamento.
O contacto físico do ser humano com este animal tão adorável reduz, de imediato, o stress da pessoa em questão. Desta forma, o simples facto de acariciar o animal reduz a pressão arterial do doente, o que, por si só, já é uma grande ajuda.
Estes animais de terapia são excelentes companhias para as pessoas idosas que relembram os momentos que passaram com os seus “amigos”, ainda que sofram de graves falhas de memória e de pouco mais se consigam lembrar. Ainda para mais, acariciar o animal obriga os idosos a movimentarem, pelo menos os membros superiores, exercitando-os levemente. O ronronar dos gatos e o seu calor no colo dos pacientes é uma grande ajuda para que os idosos se sintam bem acolhidos, aceites e, acima de tudo, amados.Também crianças com autismo podem usufruir da ajuda destes “amigos de quatro patas” e sentir o seu carinho. Na verdade, os resultados são espantosos, já que as crianças “saem” do seu mundo por instantes, para “visitarem” o nosso.

Asinoterapia e Hipoterapia

A asinoterapia, tal como o próprio nome sugere, encarrega-se de utilizar burros como animais de terapia na ajuda a quem a utiliza.
Sendo a TAA menos conhecida de todas, esta é muitas vezes substituída pela hipoterapia (também conhecida por equinoterapia), que funciona da mesma forma, mas utilizando cavalos em vez de burros, que por serem mais “famosos” têm mais prestígio entre a nossa população.
Estes dois tipos de terapia auxiliada por animais têm uma certa vantagem em relação às outras, já que estas não se centram simplesmente no contacto entre o paciente e o animal, mas juntam os dois num só, uma vez que o doente não só toca no animal como o monta.Ao andar, o cavalo ou o burro provoca movimentos tridimensionais (frente/trás, esquerda/direita, cima/baixo) que se assemelham ao próprio andar humano e que se encontram alterados em muitos dos utilizadores deste tratamento. Assim, a contínua transmissão dos movimentos auxilia doentes com problemas motores, na medida em que promove a sua reabilitação permitindo muitas vezes que estes recuperem o controlo motor.

Cinoterapia


A cinoterapia é um recurso terapêutico que se serve de cães como co-terapeutas no tratamento de pessoas com algumas doenças psicológicas ou motoras, como o autismo ou mesmo a insegurança pessoal.
Qualquer pessoa que possua um cão pode usufruir desta terapia mesmo sem saber, uma vez que o simples contacto com o “melhor amigo do Homem” proporciona ao ser humano uma incrível sensação de bem-estar. O facto de um animal ser dependente de uma pessoa faz com que esta se sinta útil e apreciada, o que contribui bastante para a sua auto-estima. Por outro lado, possuir um animal de estimação implica alguns cuidados, desenvolvendo o sentido de responsabilidade do seu dono.
No entanto, em alguns casos, esta terapia tem de ser controlada por especialistas, pois o contacto com o cão tem que ser feito gradualmente e com acompanhamento especial, já que alguns doentes são bastante sensíveis ao mundo que os rodeia, como é o caso dos autistas.
O contacto dos pacientes com os cães é feito de forma gradual e faseada, sendo utilizados exercícios específicos que incluam tanto os pacientes como os próprios “terapeutas”. É de notar que todos os exercícios devem ser acompanhados pelo tratador do animal, para que tudo possa correr da forma prevista.
Os cães conseguem estabelecer uma relação com os doentes, de tal forma que a própria alegria dos pacientes os ajuda a libertar substâncias benéficas para a sua saúde, tal como endorfina e adrenalina.
Dependendo dos casos, esta terapia pode ser aplicada a grupos de pessoas ou a uma única pessoa de cada vez, já que é necessário criar um laço de amizade entre o doente e o cão, o que pode ser difícil para alguns pacientes. Contudo, o local da realização da terapia deve, obrigatoriamente, ser calmo e livre de distracções, para que possa ser atingido um certo estado de concentração por parte do cão.
Inicialmente, esta TAA começou por ser aplicada a pessoas com alterações psicológicas, alargando-se, posteriormente, a pessoas com problemas emocionais, que hoje em dia se tornam cada vez mais comuns. Actualmente, a cinoterapia é utilizada até na reabilitação de reclusos, na qual estes cuidam dos animais, treinam-nos e, nalguns casos, oferecem-nos a pessoas com limitações, como por exemplo, cegos, surdos e até pessoas que sofram ataques de epilepsia, já que estes animais de quatro patas os conseguem detectar, salvando muitas vezes a vida dos seus donos. Os reclusos alegram-se com esta possibilidade ao mesmo tempo que dão uma nova vida a outras pessoas.

Delfinoterapia

A delfinoterapia utiliza os golfinhos para tratar alguns tipos de doenças físicas ou psicológicas, quer seja em crianças, adultos ou idosos.
Apesar de se poder aplicar em qualquer idade, as crianças são o principal alvo deste método de tratamento invulgar, já que para elas, não se trata de um tratamento médico, mas sim de uma simples brincadeira, o que o torna mais bem sucedido. Aliás, a maior parte dos tratamentos apenas garante resultados em crianças que comecem a terapia entre os 4 e os 6 anos de idade.
A terapia com golfinhos começou a ser desenvolvida nos anos 70, por investigadores americanos de universidades, em Miami. A partir dessa altura, a dolfinoterapia tem sido uma grande ajuda para milhares de crianças com problemas físicos e psicológicos.
Este método consiste em colocar as crianças dentro dos tanques onde se encontram os golfinhos treinados, juntamente com os seus treinadores, para que estes possam interagir e brincar em conjunto. Sendo os golfinhos animais bastante curiosos, investigam tudo o que lhes pareça diferente, nomeadamente qualquer diferença a nível dos tecidos humanos, isto é, através de ultra-sons, estes incríveis animais conseguem detectar desde cancros a deficiências mentais. Ao emitirem ultra-sons, estes penetram nos tecidos humanos, alterando-os de uma forma positiva, fazendo com que tecidos danificados se regenerem. Para além disto, os ultra-sons, em contacto com o ser humano, fazem com que se produzam endorfinas, substâncias produzidas pela hipófise, que diminuem a dor sentida pelo paciente e facilitam a respiração.
Os resultados desta terapia são fantásticos, já que crianças que nunca haviam dito uma palavra começaram a falar, e crianças incapacitadas fisicamente puderam, finalmente, andar.
Mais recentemente, têm vindo a ser desenvolvidos estudos sobre o efeito desta terapia em grávidas. Os médicos salientam os benefícios que os ultra-sons emitidos por estes cetáceos têm sobre os bebés, uma vez que estas emissões ajudam a desenvolver o seu canal auditivo e normalizam o ritmo cardíaco. Para além de todas estas vantagens, também a mãe terá um período de gestação mais calmo e saudável, ao mesmo tempo que se divertem acariciando estes simpáticos animais.

Tipo de Pacientes

Felizmente, a terapia animal pode ser utilizada para diversos fins, centrando-se esta em pacientes que sofram de algumas patologias ou estados, tais como:

  • Síndrome de Down ou Trissomia 21;
  • Paralisia Cerebral;
  • Deficiências Mentais;
  • Autismo;
  • Dificuldade de inserção social;
  • Problemas emocionais.

Apesar de poder ser utilizada autonomamente por todas as pessoas, em casos mais graves, este tipo de apoio tem de ser inserido num programa específico, o que pode acarretar elevados custos para quem não beneficia de apoios financeiros sociais, pelo que nem sempre lhe é dada preferência.

Animal de Terapia


Nem todos os animais podem ser auxiliares na TAA, já que estes têm que possuir determinadas características morfológicas e comportamentais que, aliadas a um treino específico, permitem a ajuda dos animais aos doentes em questão.
Um animal terapeuta deverá ser calmo e inspirar confiança em quem trabalhar com ele, pelo que deve também ser atractivo aos olhares dos pacientes. Para além disto, o animal deverá sustentar o olhar das pessoas, gostar de ser acariciado, mantendo-se calmo perante movimentos bruscos e barulhos altos dos doentes.
Um animal deste tipo nunca poderá ser agressivo, nervoso ou impaciente.
Alguns exemplos de animais utilizados em TAA são os cães, gatos, cavalos, burros, golfinhos, aves e peixes.

Terapia Auxiliada por Animais (TAA)

A Terapia Auxiliada por Animais (TAA) é um programa alternativo de tratamentos a doentes com incapacidades físicas ou psicológicas, onde são utilizados animais domesticados e treinados para a recuperação dos pacientes que a procuram. Esta terapia foca, essencialmente, o seguinte tipo de população:

· Idosos em lares;
· Pessoas fisicamente fragilizadas ou hospitalizadas;
· Crianças e adultos com problemas de aprendizagem ou com deficiência mental;
· Crianças e adultos psicologicamente fragilizados;
· Crianças provenientes de famílias em risco;
· Adultos com problemas sociais e/ou de adaptação.

Este inovador conceito surgiu no ano de 1792, em Inglaterra, onde numa instituição mental foi criado um programa terapêutico experimental que consistia no tratamento de animais de quinta por parte dos doentes. Em 1867, foi utilizada na Alemanha em doentes psiquiátricos.
No entanto, apenas em 1940 se verificaria a sua verdadeira expansão, quando os terapeutas começaram a perceber os seus benefícios, sendo, nos anos 60, editadas e publicadas as primeiras observações dos seus benefícios em pacientes com desordens psicológicas.
Desde então, este tipo de terapia tem vindo a expandir-se por todo o mundo ocidental, devido aos progressos bem visíveis que tem nos pacientes, melhorando as suas capacidades de coordenação, interacção, inter-ajuda, e até a sua auto-estima.

Bem-vindos!

Aqui começo o primeiro blogue verdadeiramente MEU! =)
Ou seja, o primeiro em que o que aqui se posta é mesmo ideia minha...
Veremos se vale ou não a pena...
Aguardo comments de todos, que me ajudem a melhorar e a dar continuidade a este "projecto".

Obrigada!