quarta-feira, 1 de abril de 2009

Origem do gato doméstico


Assim como sucede com o cão, também não se sabe como se procedeu exactamente a domesticação do gato pelo Homem. Pensa-se que a primeira tentativa de integrar os gatos na comunidade humana sucedeu no Antigo Egipto, já que é a primeira vez que se encontram pinturas, gravuras e textos que o sugerem.
Estes devem ter derivado de uma adaptação do gato selvagem africano, que possui menores dimensões e é menos agressivo que os restantes congéneres locais. Inicialmente, os Egípcios utilizavam estes felinos como caçadores de ratos e, apesar de viverem com os humanos, mantiveram sempre um espírito selvagem, sendo que, apesar de tudo, estes veneravam os gatos considerando-os animais sagrados. A Deusa Bastet (também chamada de Ubasti ou Bast), que pode ser representada por uma mulher com cabeça de gato ou mesmo por um gato, personifica esta admiração que os habitantes das margens do Nilo sentiam por estes animais, sendo símbolo da fertilidade, considerada protectora das mulheres grávidas e Ser responsável pelos eclipses solares.
Já no Velho Continente a vida dos gatos foi bastante mais atribulada. Gatos perdidos ou embarcados propositadamente em navios rapidamente se espalharam e povoaram toda a Europa. Numa época em que a agricultura era a base da sociedade, os ratos que eram responsáveis pela destruição das colheitas eram odiados, desta forma a presença de gatos que matavam os pequenos seres indesejáveis era mais que bem-vinda. No entanto, na Idade Média tudo mudou. Numa época de crenças e superstições, os gatos, tidos como filhos do diabo eram queimados em fogueiras tal como acontecia às bruxas. Mais tarde quando este período de desconfiança passou, os gatos tomaram novamente o lugar de caçadores de ratos, no entanto devido à sua postura eloquente e ao facto de serem muito “fofinhos” passaram a ser usados pelas damas em eventos sociais.À semelhança do que aconteceu ao cão, também o gato foi sujeito a uma selecção artificial que levou ao aparecimento de centenas de espécies diferentes quer em dimensões, quer em temperamento que “inundaram” as nossas casa de boa disposição, encanto e bolinhas de pêlo. Hoje em dia é, ao lado do cão, o animal preferido para servir de companhia ao ser humano como animal de estimação, essencialmente devido à sua personalidade forte e cariz amigável, e à diversidade de padrões e personalidades associados a este pequeno felino.
Text by Ricardo Silva

4 comentários:

  1. Muito pertinente seu comentário, bem escrito e sem exageros. Eu tenho uma informação de que no Antigo Egito (onde inclusive faziam-se múmias de gatos)estes animais eram usados pelos sacerdotes em rituais de ligação entre o plano físico e o astral, supostamente de livre trânsito para estes felinos.Essa fama pode ter durado até a idade média, onde eram associados ás bruxas, mas acho isso uma grande demonstração de ignorância,só o homem faz mal ao homem... Um grande abraço do RIO DE JANEIRO, Alexandre-alexgian8@hotmail.com

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  2. Muito obrigada pelo comentário e pela informação!
    Já algum tempo que não vinha aqui e peço desculpa pela demora.
    Cumprimentos de Portugal!

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  3. Sou estudante de Gestão Ambiental e estou preparando um projeto de educação ambiental para ser implementado nas comunidades. Pretendo sensibilizar as pessoas para combater a violência contra os animais.

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  4. Ainsa bem que há pessoas que se preocupam com os animais! Temos que ser nós a defender os animais, já que eles muitas vezes não se conseguem defender sozinhos. Boa sorte com o seu projecto!

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